A Ilha de Fernando de Noronha desde o inicio de sua ocupação sofreu drásticas interferências em seu meu biótico. Por ocasião de sua utilização como presídio uma das providencias adotadas foi o corte sistemático de arvores que pudessem ser utilizadas para a construção de embarcações que permitiriam a fuga dos detentos. Providencia inteligente do ponto de vista da segurança, entretanto nefasta do ponto de vista ambiental.

Um dos elementos naturais prejudicados foi o Riacho Mulungu. A falta de retenção vegetal em sua bacia promoveu um progressivo assoreamento de sua calha.

Este riacho tangencia a "casa de banho", e o "armazém de cereais", objeto de estudo deste projeto arqueológico. A busca da quota original deste riacho, de tamanha importância para a Ilha de Fernando de Noronha também se constituiu em objetivo deste projeto. Foi encontrado o seu nível original e no momento está sendo monitorado o processo de desassoreamento. Durante esta fase da pesquisa foi encontrada restos de uma ponte que permitia o acesso, sobre o riacho, ao Porto Velho, na Praia do Cachorro . Não apenas os vestígios da ponte foram encontrados, mas também a estrada que tangenciava o Armazém de Cereais e permitia o acesso ao Porto.